sexta-feira, 26 de setembro de 2008

ELA...


Lá estava ela, outra vez no escuro, com aquele cabelo de guerra, um olhar que me seguia a cada passo que dava e o sorriso zombeteiro, meio cúmplice,sabe?Esta não foi a primeira vez que nos vimos, na primeira vez me assustei, quase me borrei, meu coração gelou de tal maneira que senti o frio correndo em minhas veias, ela estava no mesmo lugar de hoje, na janela da funerária. Me perguntei o que ela fazia ali, tarde da noite e sorrindo. Não parei pra saber a resposta, passei por ela e levei aquele susto pra casa comigo, até a esqueci por alguns dias.


Na semana seguinte ela estava lá outra vez, dessa vez os lábios tinham vida , mas o olhar e o cabelo eram os mesmos. Não sei o que acontece comigo, sempre que a vejo sinto um frio , medo. Pode ser por que tenho medo do escuro e sempre me deparo com ela à noite, na esquina da funerária , com a rua deserta . Talvez, né? Mas o fato é que ela me angustia. O que ela faz ali? Porque sempre me olha ? Pra que aquele sorriso medonho? Cruzes!


Tá bom concordo, todo mundo diz que é bobagem sentir medo quando a imaginação da gente prega peças e tal. Mas eu não comprei o ingresso desse espetáculo,enfim,odeio sentir medo, o pior é que minha imaginação sempre me sacanea, aí já viu, medo ataca! Mas não sou o ser mais medroso do mundo, sou apenas sincera com meus receios. Imagine-se andando em uma rua onde tem um cemitério e várias capelas na funerária da esquina, já pensou ter que passar por esses lugares depois da meia noite? Não tem uma alma na rua, a não ser a minha (eu acho) e ela na janela da capela. E aquela coisa lá sorrindo, com o cabelo de guerra e o olhar de sempre. Não dá, juro que não consigo não me assustar, mesmo sabendo que ao virar a esquina ela estará lá me esperando pro susto semanal. Semana que vem, quando tiver que passar por ela, não vou nem olhar pra capela... =X

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