Tendo em vista que eu escrevia diariamente, acabei abandonando o blog por um tempo considerável. Bom , o motivo foi que eu achava estar muito repetitivo e pessoal. Mas cá pra "mim" ( eu sei, sei... mim não ser índio), o que é um blog? Um diário?! O que se escreve em um diário?
Pois é, dane-se, se parecer repetitivo, se a repetição for boa, é sinal de que meus dias têm sido bons. E volto a escrever sobre meus dias...
( A propósito, esse abaixo não foi bom..hehe)
Terça-feira, 28 de Outubro, as 20:20...
- Corre, corre!
- Não empurra, porra!
- Cuidado com o rapaz no chão!
- Porra, desencosta!
- Moço, esse é o Japerí, né?
- É sim!
- Ah! Valeu...
(...)
Isso foi o que ouvi e falei ( Moço, esse é o ...) na minha volta pra casa. Sim, volto de trem e é sempre uma doideira, enfim; Os atrasados (eu) chegaram na hora que o trem estava de saída e começaram o empurra-empurra, ninguém queria esperar o próximo. Tinha um moleque novo sentado no chão (Fala sério! Pisei três vezes no pé dele, foi sem querer mas...foda-se!), e aquela lata lá ,lotada, cheia de pessoas cansadas e fedorentas( eu estava cheirosinha...hahah) entrei sem pedir liscença, pois o povo de trás fez o favor de me por pra dentro.
Demorou pouco menos de 2 minutos pro povo se acomodar da melhor maneira possível ( uns em cima dos outros), eu expulsei um corôa, meti o maozão no ferro e empurrei a mão dele; pronto, podem empurrar agora, estou segura!
Naquela correria pra "pegar" o trem não dei conta de que estava longe da porta que me daria saída, e quando aquela joça está cheia, fica intransitável ( lógico!). Como eu sairia dali? " Vou passar do ponto". A cada "mexida" que alguém dava, eu aproveitava pra roubar o lugar e me aproximar da porta ( hehe), até que me fudi, parei ao lado de um tagarela.
O cara começou a falar das medidas dele ( por causa da falta de espaço, o cidadão decidiu falar o que eu estava vendo : " o homem era enorme!"): " - Tenho tanto de altura, peso tantos k , calço 40 e caralhada... minhas roupas são todas reajustadas, bla, bla, bla..." . Eu queria ter dito : " E eu com isso? ", mas temi , afinal o cara era um gigante. Uma porrada dele me faria ver Jesus. O que eu disse foi : " Ah! legal.... você é mesmo grande!".
Bom, o cara não parou de falar, e falava cada vez mais e mais alto, pois sou surda e só respondia "Hã?" , um outro cidadão se identificou com o monólogo do Golias e virou-se para nós : " puts! outro gigante!" me senti uma anã, logo eu que não sou baixinha. Enfim, os dois tagarelando e eu com aquelas respostas monossilábicas ( nem sei se essa palavra existe, mas vocês me entenderam, rs). Não é que eu quase perdi a hora de sair do trem? É que a conversa tomou um rumo , digamos, estranho. Os dois gigantes trocavam elogios e começaram a falar daquele jeito suspeito, a falta de educação tomou conta de mim, aí sim prestei atenção na conversa, mas é segredo, ficou só entre os passageiros do 20:20.
Eu? Bom, eu desejei boa noite a eles e saí. Espero que tenham se entendido e não tenham se machucado, porque, cá pra NÓS , os caras eram ENORMES!
bye bye!
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Um comentário:
Aeee, ela atualizou!hehehe
Eu não sou nada comunicativa quando estou num transporte coletivo, rs. Sempre muito lacônica.
Ahh, e eu quero morrer quando encontro algum tagarela!!
bjo,
Frôtilde
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